segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A RIO+20 chega até o Conselho de Segurança da ONU

Pela segunda vez na história das Nações Unidas, o Conselho de Segurança se reuniu para debater os riscos ambientais representados pelas mudanças climáticas, tanto para a paz mundial como para a segurança alimentar no Planeta. A máxima instituição da ONU se ocupou do tema pela primeira vez em 2007, quando avaliou os desdobramentos decorrentes da elevação do nível do mar até o final do Século 21. Presente ao encontro o Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner, citou o Brasil em dois momentos durante o seu discurso. Destacou a importância estratégica da RIO+20 e mencionou os estudos científicos sobre a seca na Amazônia divulgados em Maio de 2010 por brasileiros e estadunidenses. Em Brasília, poucos dias antes, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon já tinha revelado as linhas gerais que conduzirão a RIO+20 para o sucesso ou para o fracasso. Ban disse: “desta vez, depois de 20 anos, temos de ser muito sérios para tentar encontrar uma maneira equilibrada e sustentável de alcançar o crescimento. Este é o principal objetivo dessa conferência de alto nível no Rio de Janeiro. Mudanças climáticas e questões como o manejo da água, segurança alimentar, e assuntos ligados à saúde, por exemplo, têm sido tratados de forma específica. Mas todos eles estão interligados. Temos que vê-los de uma maneira mais ampla e abrangente, em conjunto. Por isso organizei o Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global, liderado pelo Presidente Jacob Zuma, da África do Sul, pela Presidenta Tarja Halonen, da Finlândia e assessorado por vários líderes mundiais. Pedi a eles que apresentassem recomendações ambiciosas e corajosas, porém práticas, para que estas possam ser apropriadamente traduzidas em negociações intergovernamentais. O processo da RIO+20 produzirá um texto geral em Junho do próximo ano e até lá as negociações continuarão. Não temos muito tempo. Espero que a RIO+20 seja capaz de chegar a um histórico corajoso e ambicioso, mas prático quadro de implementação, para que possamos fazer deste mundo um ambiente de hospitalidade, onde cada aspecto de nossa vida possa ser sustentável”. O mundo avançou muito desde a RIO-92 e agora se espera que a RIO+20, mais do que um balanço dos compromissos assinados em 1992, defina um roteiro ou uma mapa de rota, para que o Planeta se encaminhe na direção de uma Economia Verde social e ambientalmente justa, já nos próximos 20 anos. A RIO+20 deverá ser o ponto de partida para atingir um novo paradigma de desenvolvimento.

Gaia Viverá!

Lúcia Chayb e René Capriles

Fonte: http://www.eco21.com.br

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