Já imaginou como seria o mapa mundi se o tamanho dos países fosse
proporcional ao seu PIB? Ou ao índice de emissões de carbono? O resultado você
pode conferir clicando na imagem abaixo, selecionando os valores que vão
distorcer o mapa e aqueles que vão colorir o cartograma.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Xingu+23 debate Belo Monte e cobertura da mídia
Enquanto o Rio de
Janeiro recebe algumas das mais poderosas figuras da política e da economia
globais em uma nova cúpula sobre sustentabilidade – a Rio+20 –, o Rio Xingu
será palco de um novo levante contra o atentado hidrelétrico à sua vida: o
Xingu+23.
Vinte
e três anos depois do histórico 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em
1989, pescadores, ribeirinhos, pequenos agricultores, indígenas, moradores
urbanos, movimentos sociais, acadêmicos, ativistas e demais defensores do Xingu
se reunirão para reafirmar a resistência ao barramento
do rio.
O evento acontecerá na
comunidade de Santo Antônio, entre os dias 13 e 17 de junho, no município de
Vitória do Xingu. Situada às margens da Transamazônica, a menos de 100 metros
dos canteiros de obras da hidrelétrica de Belo Monte (e a cerca de 50 km de Altamira),
a vila já foi parcialmente desapropriada pela Norte Energia num processo
marcado por ilegalidades, denunciado por movimentos sociais e objeto de ação
judicial da Defensoria Pública Estadual.
“O
Xingu+23 é uma ação política e também um encontro. E também é uma festa”,
explica a coordenadora do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, Antônia Melo. “Os
moradores que já foram retirados voltarão para participar das tradicionais
missa e festa de Santo Antônio, que este ano não seriam realizadas por causa
das expulsões. Assim, faremos uma retomada simbólica do território. Ao mesmo
tempo, nós atingidos, estaremos ali reunidos para denunciar, às portas da
Rio+20, as violações do governo brasileiro”, explica.
Uma
comissão de artistas liderada pelo ator Sérgio Marone, do Movimento Gota
d’Água, participará do evento.
De
acordo com os organizadores do evento, o encontro visa fortalecer os movimentos
de resistência a Belo Monte, e reafirmar que, diante das fragilidades técnicas,
econômicas, jurídicas e políticas do projeto, a hidrelétrica não é um fato
consumado.
O
slogan “Ocupe. Esse rio é nosso” faz alusão aos movimentos occupy/ocupa, que
protestaram internacionalmente contra a desigualdade econômica e social e tem
agitado o cenário político mundial desde o ano passado.
Estrutura
O
evento terá início com o que poderá ser a última missa celebrada na comunidade
de Santo Antônio, no dia 13 de junho, dia do santo padroeiro da vila. No dia
16, acontece o tradicional festejo de Santo Antônio. Neste período, impactados,
ameaçados e ativistas contra a usina participarão de uma série de atividades de
debate, organização e protestos.
A
expectativa é que participem cerca de 400 pessoas da região, entre atingidos
das cidades mais afetadas pela obra, como Altamira, Porto de Moz, Senador José
Porfírio (Souzel) e Vitória do Xingu, além de ameaçados pelas barragens do
Complexo Hidrelétrico do Tapajós, vindos dos municípios de Itaituba, Santarém e
Aveiros, e apoiadores de outras regiões. Os participantes trarão barracas e
redes para montar o acampamento do encontro, e utilizarão as áreas não
desapropriadas e estruturas não demolidas da comunidade, que tem acesso à
energia elétrica. A vila, no entanto, não conta com sinal de celular nem
internet. Não há acesso, também, a telefones comuns.
Além
da organização central em Altamira, o Xingu +23 conta com Comitês de
Mobilização em São Paulo, Belém e Porto Alegre, que deverão realizar atividades
preparatórias, de arredacadação de finanças e organizarão comissões que
participarão presencialmente do encontro. As informações estão disponíveis no
hotsite do evento.
Fonte: http://www.xinguvivo.org.br
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Debate enfoca os desafios da Geografia
Mesa de abertura da I Assembleia Geral
da APROGEO-BA e II Seminário em comemoração ao Dia do Geógrafo
O
II Seminário em comemoração ao Dia do Geógrafo aconteceu na terça-feira (29) na
sede do Crea-BA. Realizado pela Aprogeo -Associação Profissional dos Geógrafos
da Bahia- com patrocínio do Crea e da Mútua o evento discutiu, dentre
outros temas, a organização política da categoria, atuação e valorização
profissional.
Na abertura do encontro o 1º diretor administrativo do Conselho, engenheiro agrimensor Joseval Carqueija, falou sobre a importância dos profissionais demarcarem espaço no mercado, não apenas em relação aos postos de trabalho, mas também no que se refere a participação junto ao órgão de classe. “Os geógrafos precisam ter representação junto ao Crea e nós podemos e queremos colaborar com o processo de organização da Aprogeo”, disse Carqueija.
A orientação do engenheiro foi reiterada pelo diretor da Aseab- Associação do Engenheiros Agrimensores da Bahia-, Juci Pita. “Além da participação é preciso atentar para questões importantes como o sombreamento entre diferentes áreas e que, consequentemente, limita o mercado para o geógrafos”, alertou Pita.
Após fazer um balanço sobre os primeiros meses de atuação da Aprogeo, criada em fevereiro desse ano, o presidente da Associação, Daniel de Albuquerque Ribeiro, identificou os desafios e as perspectivas de futuro da entidade. “Nesse momento é fundamental que saibamos quem são e onde estão os geógrafos da Bahia. Além disso, precisamos identificar as oportunidades e os gargalos do mercado profissional”, enumerou Ribeiro. .
Prof. Sylvio Bandeira, Luciana Rocha, Prof. Marco Tomasoni, Elizabeth Seydel
Revisão da
graduação -Na primeira palestra da noite o renomado
geógrafo Sylvio Bandeira de Mello e Silva defendeu que os profissionais da
geografia precisam ser capazes de organizar o próprio território. Professor da
Ucsal , Bandeira de Mello relembrou datas marcantes dentre elas a
abertura, em 1934, do primeiro curso de graduação na Universidade de São
Paulo e, 1937, ano em que foi criado o IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística-. “O IBGE teve um papel importante na construção do
conhecimento geográfico”, disse o professor antes de comparar o
mercado brasileiro com o americano. Nos EUA, 40% dos geógrafos atuam na
iniciativa privada. 30% estão no setor público e outros 30% em ONGs nas
demais organizações. Já no Brasil, a maioria atua no setor público.
Dentre os desafios apontados pelo professor estão a revisão da estrutura do bachalerado em geografia cujo conteúdo das disciplinas precisa integrar teoria e prática. “Também precisamos de profissionais capazes de elaborar e avaliar projetos em geografia e, principamente, precisamos de geógrafos empreendedores e inseridos na realidade concreta da sociedade”, resumiu Sylvio Bandeira.
O geógrafo e professor da UFBA, Marco Antônio Tomasoni, destacou nomes importantes da geografia brasileiro a exemplo de Aziz Nacib Ab'Saber
e Milton Santos. Sobre a criação da Aprogeo Tomasoni falou das dificuldades de organização num momento marcado pela dispersão. “É trabalhoso, mas vocês estão fazendo história e isso vai render muitos frutos para a sociedade e para os profissionais”, parabenizou o geógrafo.
Ao final foram apresentados os benefícios que a Mútua –Caixa de Assistência dos profissionais do Crea- disponibiliza para os seus associados a exemplo de convênios e parcerias com empresas de plano de saúde e instituições de ensino, e descontos em estabelecimentos comerciais (concessionárias de veículos e hotéis, dentre outros).
A Aprogeo- Fundada em fevereiro a Associação Profissional dos Geógrafos da
Bahia tem o propósito de difundir a importância e o papel do Geógrafo para a
sociedade. Outro ponto defendido pela entidade é a ampliação do mercado de
trabalho para os profissionais.
Mais informações acesse www.wix.com/aprogeo/ba.
Por Cíntia Ribeiro
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