Mesa de abertura da I Assembleia Geral
da APROGEO-BA e II Seminário em comemoração ao Dia do Geógrafo
O
II Seminário em comemoração ao Dia do Geógrafo aconteceu na terça-feira (29) na
sede do Crea-BA. Realizado pela Aprogeo -Associação Profissional dos Geógrafos
da Bahia- com patrocínio do Crea e da Mútua o evento discutiu, dentre
outros temas, a organização política da categoria, atuação e valorização
profissional.
Na abertura do encontro o 1º diretor administrativo do Conselho, engenheiro agrimensor Joseval Carqueija, falou sobre a importância dos profissionais demarcarem espaço no mercado, não apenas em relação aos postos de trabalho, mas também no que se refere a participação junto ao órgão de classe. “Os geógrafos precisam ter representação junto ao Crea e nós podemos e queremos colaborar com o processo de organização da Aprogeo”, disse Carqueija.
A orientação do engenheiro foi reiterada pelo diretor da Aseab- Associação do Engenheiros Agrimensores da Bahia-, Juci Pita. “Além da participação é preciso atentar para questões importantes como o sombreamento entre diferentes áreas e que, consequentemente, limita o mercado para o geógrafos”, alertou Pita.
Após fazer um balanço sobre os primeiros meses de atuação da Aprogeo, criada em fevereiro desse ano, o presidente da Associação, Daniel de Albuquerque Ribeiro, identificou os desafios e as perspectivas de futuro da entidade. “Nesse momento é fundamental que saibamos quem são e onde estão os geógrafos da Bahia. Além disso, precisamos identificar as oportunidades e os gargalos do mercado profissional”, enumerou Ribeiro. .
Prof. Sylvio Bandeira, Luciana Rocha, Prof. Marco Tomasoni, Elizabeth Seydel
Revisão da
graduação -Na primeira palestra da noite o renomado
geógrafo Sylvio Bandeira de Mello e Silva defendeu que os profissionais da
geografia precisam ser capazes de organizar o próprio território. Professor da
Ucsal , Bandeira de Mello relembrou datas marcantes dentre elas a
abertura, em 1934, do primeiro curso de graduação na Universidade de São
Paulo e, 1937, ano em que foi criado o IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística-. “O IBGE teve um papel importante na construção do
conhecimento geográfico”, disse o professor antes de comparar o
mercado brasileiro com o americano. Nos EUA, 40% dos geógrafos atuam na
iniciativa privada. 30% estão no setor público e outros 30% em ONGs nas
demais organizações. Já no Brasil, a maioria atua no setor público.
Dentre os desafios apontados pelo professor estão a revisão da estrutura do bachalerado em geografia cujo conteúdo das disciplinas precisa integrar teoria e prática. “Também precisamos de profissionais capazes de elaborar e avaliar projetos em geografia e, principamente, precisamos de geógrafos empreendedores e inseridos na realidade concreta da sociedade”, resumiu Sylvio Bandeira.
O geógrafo e professor da UFBA, Marco Antônio Tomasoni, destacou nomes importantes da geografia brasileiro a exemplo de Aziz Nacib Ab'Saber
e Milton Santos. Sobre a criação da Aprogeo Tomasoni falou das dificuldades de organização num momento marcado pela dispersão. “É trabalhoso, mas vocês estão fazendo história e isso vai render muitos frutos para a sociedade e para os profissionais”, parabenizou o geógrafo.
Ao final foram apresentados os benefícios que a Mútua –Caixa de Assistência dos profissionais do Crea- disponibiliza para os seus associados a exemplo de convênios e parcerias com empresas de plano de saúde e instituições de ensino, e descontos em estabelecimentos comerciais (concessionárias de veículos e hotéis, dentre outros).
A Aprogeo- Fundada em fevereiro a Associação Profissional dos Geógrafos da
Bahia tem o propósito de difundir a importância e o papel do Geógrafo para a
sociedade. Outro ponto defendido pela entidade é a ampliação do mercado de
trabalho para os profissionais.
Mais informações acesse www.wix.com/aprogeo/ba.
Por Cíntia Ribeiro
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