sexta-feira, 1 de junho de 2012

Debate enfoca os desafios da Geografia

Mesa de abertura da I Assembleia Geral da APROGEO-BA e II Seminário em comemoração ao Dia do Geógrafo

O II Seminário em comemoração ao Dia do Geógrafo aconteceu na terça-feira (29) na sede do Crea-BA. Realizado pela Aprogeo -Associação Profissional dos Geógrafos da Bahia- com patrocínio do Crea e da Mútua o evento  discutiu, dentre outros temas,  a organização política da categoria, atuação e valorização profissional. 

Na abertura do encontro o 1º diretor administrativo  do Conselho, engenheiro agrimensor Joseval Carqueija, falou sobre a importância dos profissionais demarcarem espaço no mercado, não apenas em relação aos postos de trabalho, mas também no que se refere a participação junto ao órgão de classe. “Os geógrafos precisam ter representação junto ao Crea e nós podemos e queremos colaborar  com o processo de organização da Aprogeo”, disse Carqueija.

A orientação do engenheiro foi reiterada pelo diretor da Aseab- Associação do Engenheiros Agrimensores da Bahia-, Juci Pita. “Além da participação é preciso atentar para questões importantes como o sombreamento entre diferentes áreas e que, consequentemente, limita o mercado para o geógrafos”, alertou Pita.

Após fazer um balanço sobre os primeiros meses de atuação da Aprogeo, criada em fevereiro desse ano, o presidente da Associação, Daniel de Albuquerque Ribeiro,  identificou os  desafios e as  perspectivas de futuro da entidade. “Nesse momento é fundamental que saibamos quem são e onde estão os geógrafos da Bahia. Além disso, precisamos identificar as oportunidades e os gargalos do mercado profissional”, enumerou Ribeiro.  .

Prof. Sylvio Bandeira, Luciana Rocha, Prof. Marco Tomasoni, Elizabeth Seydel

Revisão da graduação -Na primeira palestra da noite o renomado geógrafo Sylvio Bandeira de Mello e Silva defendeu que os profissionais da geografia precisam ser capazes de organizar o próprio território. Professor da Ucsal , Bandeira de Mello  relembrou datas marcantes dentre elas  a abertura, em 1934,  do primeiro curso de graduação na Universidade de São Paulo e, 1937, ano em que foi criado o IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-. “O IBGE teve um papel importante na construção do conhecimento  geográfico”, disse o professor  antes de comparar o mercado brasileiro com o americano. Nos EUA,  40% dos geógrafos atuam na iniciativa privada. 30% estão no setor público e outros 30% em ONGs nas demais  organizações. Já no Brasil, a maioria atua no setor público.  

Dentre os desafios apontados pelo professor estão a revisão da estrutura do bachalerado em geografia cujo conteúdo das disciplinas precisa integrar teoria e  prática. “Também precisamos de profissionais capazes de elaborar e avaliar projetos em geografia e, principamente, precisamos de geógrafos empreendedores e inseridos na realidade concreta da sociedade”, resumiu  Sylvio Bandeira. 

O geógrafo e professor da UFBA, Marco Antônio Tomasoni, destacou nomes importantes da geografia brasileiro a exemplo de  Aziz Nacib Ab'Saber
e Milton Santos. Sobre a criação da Aprogeo Tomasoni falou das dificuldades de organização num momento marcado pela dispersão. “É trabalhoso, mas vocês estão fazendo história e isso vai render muitos frutos para a sociedade e para os profissionais”, parabenizou o geógrafo. 

Ao final foram apresentados os benefícios que a Mútua –Caixa de Assistência dos profissionais do Crea- disponibiliza para os seus associados a exemplo de convênios e parcerias com empresas de plano de saúde e instituições de ensino, e descontos em estabelecimentos comerciais (concessionárias de veículos e hotéis,  dentre outros). 

A Aprogeo- Fundada em fevereiro a Associação Profissional dos Geógrafos da Bahia tem o propósito de difundir a importância e o papel do Geógrafo para a sociedade. Outro ponto defendido pela entidade é a ampliação do mercado de trabalho para os profissionais. 

Mais  informações acesse 
www.wix.com/aprogeo/ba.

Por Cíntia Ribeiro


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