São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro centralizam principais redes de gestão do território nacional
O IBGE está lançando o estudo “Redes e Fluxos
do Território: Gestão do Território”, que mapeia o país do ponto de
vista da centralização municipal das ligações entre sedes e filiais de
empresas e entre instituições públicas de abrangência nacional.
A publicação analisa a existência de relações
entre os municípios a partir de dois parâmetros, o Estado e o mercado,
reconhecidos como as duas instituições com o maior poder estruturador do
espaço. O âmbito do Estado é visto por meio da gestão pública, do ponto
de vista da estrutura formada pelas instituições estatais; e a gestão
empresarial é analisada sob a ótica da existência de ligações entre
sedes e filias de companhias em diferentes cidades. A intensidade dos
fluxos entre as cidades é medida pela quantidade de pares de ligações,
que se interconectam para formar as redes de gestão, sejam empresariais
ou públicas.
Apenas 39,6% dos municípios brasileiros se
qualificaram como centros de gestão, ou seja, detêm algum nível de
centralização das redes de ligações intermunicipais; os outros 60,4% ou
não têm entidades das instituições selecionadas, ou não se conectam à
estrutura de ligação das sedes e filiais de companhias.
As principais redes de gestão do país estão
centralizadas nas cidades de São Paulo e Brasília, a primeira com forte
peso no mercado e a segunda abarcando as sedes das instituições
públicas. O Rio de Janeiro constitui um segundo nível de centralização,
combinando os dois tipos de rede, empresarial e estatal.
Em 2011, São Paulo tinha atuação dirigente sobre
1.442.425 funcionários externos ligados à gestão empresarial (lotados em
filiais situadas fora dos limites municipais de suas matrizes), dos
quais 39% se concentram nos limites do estado de São Paulo e 61% em
outros estados. O Rio de Janeiro tinha 580.019 (sendo que 75.460 estavam
lotados em São Paulo) e Brasília, 390.775, atuando de forma mais
dispersa em todo o país.
As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, cada
qual, disponibilizavam 97,8% das variedades de negócios classificados
como serviços avançados de apoio às empresas no país (serviços ligados a
atividades que requerem insumos de natureza administrativa, contábil,
jurídica, financeira e de publicidade).
No total, pouco mais de 70% das firmas com
filiais no município de São Paulo e sediadas fora e seus limites têm
matrizes na região Sudeste e 49% delas estão situadas no próprio estado
de São Paulo.
Nas conexões empresariais entre as cidades, dos
30 pares de maior intensidade, 24 são de São Paulo com outros
municípios. A ligação de maior intensidade é de São Paulo com o Rio de
Janeiro, seguida pela de São Paulo com Porto Alegre.
O estudo “Redes e Fluxos do território: gestão do Território, está disponível, na íntegra, no link http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/redes_fluxos/gestao_do_territorio_2014/default.shtm
Atualmente, o Estado e o Mercado são as duas
instituições com o maior poder estruturador do espaço, atuando através
de suas organizações: de um lado os organismos públicos criados para
atender a população, recolher tributos e levantar dados e informações e,
de outro, as empresas privadas. A interpretação dos padrões de gestão
do território baseou-se em uma dupla base de dados independentes,
representantes das formas com que o Estado ( usando como referência o
ano de 2013) e o Mercado (com referência de 2011) organizam o espaço: a
gestão pública, do ponto de vista das instituições federais, e a gestão
empresarial, sob a ótica das ligações entre sedes e filias de
companhias. Foram escolhidas apenas as empresas com filiais situadas em
municípios diferentes de suas sedes.
No estudo da gestão empresarial, a base de dados foi
obtida do Cadastro Central de Empresas do IBGE (CEMPRE), contendo a
localização municipal das unidades locais das empresas, quer sejam elas
sedes, quer sejam filiais. Na análise da gestão pública, foram
selecionadas as instituições federais cuja atuação descentralizada por
meio de unidades localizadas em diversas cidades: o Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a
Secretaria da Receita Federal, a Justiça Federal, os tribunais regionais
eleitorais, os tribunais regionais do trabalho e o próprio IBGE.
Apenas 39,6% dos municípios brasileiros foram
classificados como centros de gestão, ou seja, detêm algum nível de
centralização nas redes de gestão pública ou empresarial; os outros
60,4% ou não têm entidades das instituições selecionadas, ou não se
conectam à estrutura de ligação das sedes e filiais de companhias.
São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro são as principais centralizadoras das redes de gestão
As redes de gestão no país são mais centralizadas em
São Paulo e Brasília, a primeira cidade tendo um forte peso das relações
das companhias atuantes no mercado e a segunda abarcando as sedes das
instituições públicas. O Rio de Janeiro constitui isoladamente um
segundo nível que combina os dois tipos de rede.
Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/
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