sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Por que reduzir as sacolas plásticas?

A questão de abolir ou reduzir as sacolinhas no dia a dia ainda causa muita confusão, principalmente quando se refere ao seu uso como sacos para descartar o lixo

 


A campanha do Planeta Sustentável, lançada em agosto de 2009, pela redução das sacolas plásticas não é uma atitude isolada. No mundo todo, inclusive no Brasil, existe uma grande conscientização sobre o uso de descartáveis. Isso não significa que teremos que abandoná-los completamente, mas, sim, que é preciso assumir uma nova postura.

Novos hábitos de consumo são uma pequena parte do “famoso” processo de “adaptação” de que muitos cientistas falam quando vem a público falar das mudanças climáticas. Se você imaginou que esse seria um evento distante, relacionado a tecnologias avançadas e a fenômenos extremos da natureza, esta é a novidade. O processo já começou e inclui repensar até maneira com que você carrega suas compras.

 

O primeiro protesto de quem ouve falar em recusar sacolas plásticas é o questionamento sobre o acondicionamento do lixo de casa. Afinal, faz sentido substituir um plástico gratuito por outro que custa dinheiro? É especialmente por causa desse argumento e pelas condições precárias de saneamento no Brasil que a proposta, até então, é de reduzir, em vez de abolir. 



Fernanda Daltro, coordenadora técnica da campanha “Saco é um saco”, do MMA - Ministério do Meio Ambiente, lançada no ano passado, concorda que a questão do saneamento no Brasil interfere na política de dependência de sacolas plásticas. “É perceptível. As experiências internacionais mostram que toda cidade que estabeleceu cobrança e banimento de sacolas tinha, como contrapartida, um sistema bom de coleta seletiva”, afirma.

TEORIA VERSUS PRÁTICA

Em um país em desenvolvimento, onde coleta de lixo ainda não é realidade em todo o seu território, é até compreensível que os consumidores optem pela opção gratuita e insustentável. Mas essa escolha, aparentemente esperta, não é nada consciente. Trata-se de uma opção individualista, visto que uma única pessoa não precisa investir na compra de sacos de lixo biodegradáveis à custa de um alto prejuízo coletivo ambiental. E, pior, o argumento se torna frágil à medida que a prática não condiz com a teoria.

Normalmente, ninguém vai ao supermercado fazer compras e pega uma única sacola, mas muitas, uma quantidade desnecessária e absurda que não tem utilidade. Por isso, o plástico fica entulhado em casa ou é usado para forrar a lata do lixo e, depois, vai para o aterro onde fica mais de 400 anos se desintegrando.

Estimativas do MMA apontam que, no país, são consumidas 33 milhões de sacolas por dia e 12 bilhões por ano. Será que é preciso tanto para descartar o lixo doméstico ou as pessoas estão perdendo o controle sobre o acúmulo de sacolas? Aliás, é necessário gerar tanto lixo? Se houvesse menos descarte, não haveria necessidade de usar tantas sacolas descartáveis.

Produzir sacolas plásticas demanda extração e refino de petróleo que resultam em muitas emissões e impactos na flora e na fauna. Depois de usadas, elas poluem as águas, matam os animais que as ingerem, entopem bueiros - dificultando a drenagem das águas da chuva – e causam problemas nos aterros, como a impermeabilização dos solos e o revestimento de material orgânico que, na ausência de oxigênio, em vez de biodegradar, apodrece, gerando metano.

Não é melhor optar pelos sacos de lixo ecológicos, desde que não sejam oxibiodegradáveis? No mínimo, o que todo cidadão pode fazer é colocar a maior parte das compras em ecobags e pegar uma única sacola plástica para acondicionar o lixo, não? A prática mostrará como é fácil alterar um hábito ainda tão nocivo. Neste ponto, Fernanda dá, ainda, outra dica.

“Sempre que puder gastar parte do dinheiro comprando saco de lixo, que opte pelos feitos de material reciclado. Os pretos normalmente são feitos material reciclado e isso é uma vantagem ambiental porque eles não demandam novos recursos e porque alguma parte de resíduo plástico que iria pra natureza está voltando para o processo produtivo na forma de saco de lixo”. Mas atenção! Nem todo saco preto é feito de material reciclado. As informações podem ser encontradas nos rótulos. 

E você? Já aderiu às sacolas retornáveis ou ainda está viciado nas sacolinhas plásticas? Comente.

Fonte:planetasustentavel

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Buraco na camada de ozônio é 9º maior


 


Este ano, segundo dados coletados pela Nasa e pelo NOAA, a entidade americana que monitora oceanos e atmosfera, ele ficou bem maior do que o esperado – é o 9º maior já medido em 26 anos de monitoramento.
Em 2011, o buraco atingiu seu pico no dia 12 de setembro. Em comunicado, Paul Newman, da cientista chefe do centro Espacial Goddard, da NASA, explicou que as temperaturas mais frias do que a média na estratosfera causaram um rombo maior do que o esperado.
A camada de ozônio é uma proteção natural do planeta contra os raios nocivos, ultravioletas, do Sol. Sua destruição aumenta o risco de problemas causados pela radiação, como câncer de pele.
Desde 1987, a maioria dos países se comprometeu, com a assinatura do Protocolo de Montreal, a eliminar o uso de agentes químicos destruidores do ozônio. Segundo os cientistas, embora haja um declínio no número desses produtos, uma grande quantidade ainda é liberada anualmente – e os produtos permanecem por décadas na atmosfera.
Segundo estimativas, o ozônio poderia voltar à sua quantidade normal até meados deste século, mas o buraco levaria mais 20 anos para se recompor.

Fonte: http://info.abril.com.br