quarta-feira, 16 de abril de 2014

IBGE divulga estudo sobre principais redes de gestão do território nacional

São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro centralizam principais redes de gestão do território nacional

O IBGE está lançando o estudo “Redes e Fluxos do Território: Gestão do Território”, que mapeia o país do ponto de vista da centralização municipal das ligações entre sedes e filiais de empresas e entre instituições públicas de abrangência nacional.
A publicação analisa a existência de relações entre os municípios a partir de dois parâmetros, o Estado e o mercado, reconhecidos como as duas instituições com o maior poder estruturador do espaço. O âmbito do Estado é visto por meio da gestão pública, do ponto de vista da estrutura formada pelas instituições estatais; e a gestão empresarial é analisada sob a ótica da existência de ligações entre sedes e filias de companhias em diferentes cidades. A intensidade dos fluxos entre as cidades é medida pela quantidade de pares de ligações, que se interconectam para formar as redes de gestão, sejam empresariais ou públicas.
Apenas 39,6% dos municípios brasileiros se qualificaram como centros de gestão, ou seja, detêm algum nível de centralização das redes de ligações intermunicipais; os outros 60,4% ou não têm entidades das instituições selecionadas, ou não se conectam à estrutura de ligação das sedes e filiais de companhias.
As principais redes de gestão do país estão centralizadas nas cidades de São Paulo e Brasília, a primeira com forte peso no mercado e a segunda abarcando as sedes das instituições públicas. O Rio de Janeiro constitui um segundo nível de centralização, combinando os dois tipos de rede, empresarial e estatal.
Em 2011, São Paulo tinha atuação dirigente sobre 1.442.425 funcionários externos ligados à gestão empresarial (lotados em filiais situadas fora dos limites municipais de suas matrizes), dos quais 39% se concentram nos limites do estado de São Paulo e 61% em outros estados. O Rio de Janeiro tinha 580.019 (sendo que 75.460 estavam lotados em São Paulo) e Brasília, 390.775, atuando de forma mais dispersa em todo o país.
As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, cada qual, disponibilizavam 97,8% das variedades de negócios classificados como serviços avançados de apoio às empresas no país (serviços ligados a atividades que requerem insumos de natureza administrativa, contábil, jurídica, financeira e de publicidade).
No total, pouco mais de 70% das firmas com filiais no município de São Paulo e sediadas fora e seus limites têm matrizes na região Sudeste e 49% delas estão situadas no próprio estado de São Paulo.
Nas conexões empresariais entre as cidades, dos 30 pares de maior intensidade, 24 são de São Paulo com outros municípios. A ligação de maior intensidade é de São Paulo com o Rio de Janeiro, seguida pela de São Paulo com Porto Alegre.
O estudo “Redes e Fluxos do território: gestão do Território, está disponível, na íntegra, no link http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/redes_fluxos/gestao_do_territorio_2014/default.shtm
Atualmente, o Estado e o Mercado são as duas instituições com o maior poder estruturador do espaço, atuando através de suas organizações: de um lado os organismos públicos criados para atender a população, recolher tributos e levantar dados e informações e, de outro, as empresas privadas. A interpretação dos padrões de gestão do território baseou-se em uma dupla base de dados independentes, representantes das formas com que o Estado ( usando como referência o ano de 2013) e o Mercado (com referência de 2011) organizam o espaço: a gestão pública, do ponto de vista das instituições federais, e a gestão empresarial, sob a ótica das ligações entre sedes e filias de companhias. Foram escolhidas apenas as empresas com filiais situadas em municípios diferentes de suas sedes.
No estudo da gestão empresarial, a base de dados foi obtida do Cadastro Central de Empresas do IBGE (CEMPRE), contendo a localização municipal das unidades locais das empresas, quer sejam elas sedes, quer sejam filiais. Na análise da gestão pública, foram selecionadas as instituições federais cuja atuação descentralizada por meio de unidades localizadas em diversas cidades: o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Secretaria da Receita Federal, a Justiça Federal, os tribunais regionais eleitorais, os tribunais regionais do trabalho e o próprio IBGE.
Apenas 39,6% dos municípios brasileiros foram classificados como centros de gestão, ou seja, detêm algum nível de centralização nas redes de gestão pública ou empresarial; os outros 60,4% ou não têm entidades das instituições selecionadas, ou não se conectam à estrutura de ligação das sedes e filiais de companhias.
São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro são as principais centralizadoras das redes de gestão
As redes de gestão no país são mais centralizadas em São Paulo e Brasília, a primeira cidade tendo um forte peso das relações das companhias atuantes no mercado e a segunda abarcando as sedes das instituições públicas. O Rio de Janeiro constitui isoladamente um segundo nível que combina os dois tipos de rede.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/

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